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Turismo no quintal

Fernanda Rosa
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Eu gosto de escrever. Aliás tem muita coisa que só sai por escrito, se eu tento falar, travo, viro robozinho. Mas é sentar na frente da folha em branco que cérebro e coração transbordam. Por isso, há mais de cinco anos faço cursos de escrita criativa. Já fiz de crônicas e de contos e já publiquei com colegas em duas coletâneas: Santa Sede 8 e Escândalos Reinventados.

Em 2018, um colega propôs escrevermos contos relacionados a Porto Alegre, que esse ano completou 245 anos de idade. O projeto era bastante ambicioso, com temas e restrições de escrever contos históricos. Por causa disso, o grupo foi desistindo e o próprio idealizador do projeto acabou pulando fora do barco. Como eu já estava com o meus três contos prontos, retomei o projeto e no próximo dias 12 de setembro vamos lançar o livro O rio atrás do muro, com 26 contos escritos por oito escritores.

Mas o que isso tudo tem a ver com um blog de viagem? Quando tive que escrever sobre Porto Alegre, a primeira coisa que me dei conta foi de que, apesar de conhecer a maioria dos pontos turísticos da cidade e de até ter feito o famoso passeio na linha turismo da prefeitura, eu conhecia pouco da cidade. E ainda menos de sua história e de como acontecimentos históricos do Brasil ou do Estado, influenciaram e mudaram a vida na capital dos gaúchos.

E aí fica a pergunta: por que quando saímos de casa em férias, principalmente do país, não nos importamos em caminhar quilômentros ou andar num ônibus cheio ou em tomar chuva para tirar uma foto na frente de uma praça ou prefeitura? Não vou entrar no mérito de questões como segurança, infra-estrutura, manutenção de patrimônio público, limpeza etc que sabemos serem sofríveis no nosso país. Pesquisando sobre Porto Alegre me dei conta que não sabia de vários de seus pequenos segredos: praças e ruas que escondem histórias únicas, algumas engraçadas, outras aterrorizantes. Procure no Google por o açougueiro/linguiceiro da Rua do Arvoredo, a lenda da Maria Degolada e também pelo Castelinho do Alto da Bronze.

Num dos contos, ambientado nos 1920, conto a história de uma pianista que trabalha no cinema, quando os filmes ainda eram mudos. Descobri maravilhas sobre a história de muitos prédios antigos no Centro que abrigavam os cinemas de bairro, hoje praticamente todos fechados. Além de cruzar com curiosidades como o Clube dos Caçadores e seus famosos frequentadores. Na minha última ida ao Centro, fiz questão de localizar essas preciosidades, onde ficavam, algumas já sucumbidas por horrorosos prédios comerciais. Além de tudo, mais essa: não fizemos um bom trabalho em preservar nossas construções históricas.

Quando busco no Google Porto Alegre, o Google nos dá a opção Travel Guide que tem uma sugestão de roteiro se você tem um dia, além de uma lista bem grande de pontos turísticos. Fiquei contente de encontrar o Castelinho do Alto da Bronze nessa lista.

Enfim, lembre-se de que bem ao seu lado existem muita história e locais interessantes para visitar. Aproveite um final de semana de sol, carregue as baterias da sua câmera e do celular, calce tênis bem confortáveis, deixe o carro na garagem e explore a cidade / região em que você vive como os mesmos olhos de turista: a mesma empolgação, curiosidade, disposição. Tenho certeza que você vai descobrir algo que não sabia.

Se você mora ou está em Porto Alegre, convido-o para o lançamento do livro.  

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Fernanda Rosa
Fernanda Rosa

Publicitária por formação; marketeira em tempo integral e escritora nas horas vagas por amor. Leonina, porto-alegrense, pós-graduada em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas-RS; adora cinema, música, propaganda, jogar futebol, torcer pelo Colorado e cozinhar. Apaixonada pelo mundo, faz uma mala como ninguém.

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