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Já havia lido que Santiago era a cidade na América do Sul mais parecida com a Europa, mas não tinha ideia que daria até para mantar um pouco a saudade da minha segunda casa (Londres). Com ruas largas e arborizadas , trânsito intenso, preços altos, Santiago encanta pelo seu espanhol complicado de entender e pelas lindas montanhas que a rodeiam.

Chegamos de madrugada em Santiago e optamos por um transfer até o nosso apartamento. Custou aproximadamente R$ 100,00. Durante o dia, as opções são metrô, táxi e mini vans que levam até os bairros.

Com a ideia de fazer a viagem toda custar até R$ 2 mil, conseguimos alugar, pelo booking.com, um apartamento na região de Providência, que estava em promoção com 52% de desconto, por R$ 750,00 (5 diárias). Clique aqui para ver o apartamento que alugamos.

O lugar é uma graça, super seguro, com várias opções de restaurantes de todos os preços e estações de metrô para todos os lados. Por ser uma região bastante residencial e com muitos escritórios, é possível acompanhar um pouco a rotina dos santiaguinos.

#DicaVaiparaomundo: pague a hospedagem em Dólar para não ter pagar o IVA (imposto sobre valor agregado, que é de 19% sobre o valor)

DIA 1: Explorando Santiago!

Compras para o café da manhã feitas, mapa rabiscado, é hora de bater perna. Começamos pelo centro da cidade. Não nos surpreendeu muito. Achamos um pouco sujo, uma área bastante comercial e com restaurantes bem caros.

Descemos na estação U. de Chile, que fica em frente ao Passeo Ahumada, um enorme calçadão que lembra muito as Ramblas de Barcelona, seguimos pelo passeo até a Plaza de Armas, onde está a Catedral Metropolitana de Santiago. Caminhamos um pouco mais e chegamos ao Palacio La Moneda, sede do governo Chileno. O lugar é muito bacana e com a maior bandeira que eu já vi. Ainda na região central encontra-se o Mercado Central de Santiago, cheio de restaurantes típicos e com preços bem salgados. O bom é que tudo é super perto e dá para fazer tudo a pé no meio da correria da vida chilena.

E e a Amanda na frente do palácio La Moneda

Caminhando um pouco mais, chegamos ao Cerro Santa Lucía, onde pode você pode subir 300 degraus e ver a cidade de cima!

A partir daí começamos a nos apaixonar pela cidade. Fomos passeando e chegamos no bairro Lastarria, cheio de barzinhos fofos e mais adiante chegamos ao bairro Bellavista, mega badalado, com muitos bares e restaurantes. Músicas animadas, aquela gritaria gostosa nas mesas de rua e muita gente talentosa tentando ganhar a vida.

Apesar do Chile fabricar muitos vinhos, um bom chopp também é uma opção barata.

Um lugar como a fábrica de cerveja KrossBar, só poderia estar situada no Bellavista! Com um menu variado de cerveja artesanais, recomendo pedir a degustação de cervejas da casa, assim é possível provar todos os tipos e gastar pouco. Pedimos uma pizza e um sanduíche com creme de abacate (comam!), para compartilhar. A regra da cervejaria é promover a amizade, para isso as mesas são compartilhadas (no estilo dos pubs europeus) para até seis pessoas e não têm wi fi. Tudo isso custou R$ 60 por pessoa.

Dia 2: O mais legal da viagem!

Estávamos em dúvida entre Cajón Del Maipo ou Vale Nevado, ambos nas montanhas. Como a época de neve começa em junho, optamos em ir para Cajon Del Maipo. Com uma turma animadíssima, saímos de manhã cedo a caminho do paraíso.

No meio da estrada, paramos em um túnel desativado, que conta a história de William. Em 1998, ele suicidou-se por amor e hoje em dia é considerado “um santo” para alguns chilenos. Na saída do túnel foi feito um altar para o guri, onde todos agradecem por seus milagres.

Oferendas para o Willy

Cajón Del Maipo fica no meio das Cordilheiras dos Andes e proporciona uma paisagem de tirar o fôlego. Por lá, o trânsito de caminhões é intenso, portanto, é preciso andar com atenção. No final, nosso guia nos preparou um “mini picnic”, onde provamos “Pisco Sour” (uma bebida típica peruana, mas comum no Chile também, com elevado teor alcoólico), tomamos bastante vinho, comemos queijos, salame, azeitonas e fizemos lindas fotos. Um dia para guardar no coração!

Olha a alegria das crianças!

O passeio durou o dia todo e custou R$ 100 por pessoa. Achamos o valor bastante alto, mas por ter um difícil acesso, com estradas estreitas e muitas montanhas, recomendamos que faça esse passeio através de agências.

Hora do picnic!

#DicaVaiparaomundo: faça esse passeio em dias de semana, pois o preço é mais baixo. Nos finais de semana, aumenta o valor para R$150.

À noite, fomos jantar no restaurante La Casa Vieja. Um local bem recomendado por alguns blogs de viagem. Foi nossa primeira decepção. Com 35 anos de tradição, o restaurante oferece comida típica chilena, com preços altos e um serviço bem mais ou menos. Por indicação de algumas pessoas e do garçom, pedimos de entrada Machas (Um marisco servido na sua concha). Não gostamos muito, pois tinha muito queijo. Para o prato principal, eu pedi “Pastel de Jaiba” (um crustáceo, parecido com siri) e a Amanda uma “Plateada” (carne de costela com batatas). O pastel de Jaiba, que não tem nada a ver com o nosso pastel, nada mais é que um pirão feito com carne de siri. Estava gostoso, o vinho era bom, mas pelo preço (em média R$ 100 por pessoa), deixa muito a desejar.

DIA 3: Ixi, pensa em uma roubada!

Animadíssimas para mais um passeio, Viña Del Mar e Valparaíso nos decepcionaram. Todos os turistas que vão a Santiago, provavelmente vão até essas duas cidades, que ficam na costa do Pacífico.

Nossa primeira parada foi em um “outlet de vinhos“, que de outlet não tinha nada. Depois seguimos para Valparaíso. Considerado patrimônio da Unesco, fica em torno de 1h30min de Santiago. Desenvolvida sobre morros, a cidade possui muitas lombas, ruelas com casinhas coloridas de 1922, muitas paredes com grafite e um porto, onde fica a parte mais moderna da cidade.

Grafites de Valparaíso

Para realmente conhecer Valparaíso e gostar, sugerimos que façam o passeio a pé, para que consigam desfrutar de suas ruelas coloridas e aproveitar mais a cidade. Porém precisa ter força nas pernas por que é cada lomba que nem rezando dez ave marias eu daria conta :).

Não tenho muito o que escrever sobre esse passeio porque eu realmente não o recomendo, mas vai meu alerta: quase todas as excursões param em um restaurante que fica em Viña Del Mar, bem afastado dos demais. Passando o relógio da cidade (que é outra atração sem graça), logo em seguida fica o restaurante. Nosso guia parou ali junto com muitos outros. O lugar custa uma fortuna. Clima chato, gente chata. Nós montamos uma “mini rebelião” com mais 14 brasileiros e fizemos o guia (que ficou bem “fulo” da vida), nos levar em uma área que nosso bolso nos permitisse pagar. Portanto, cuidado!

O relógio considerado “ponto turístico” em Viña del Mar.

À noite, passamos no supermercado, compramos vinhos e demos risada na sacada do apartamento sobre esse dia caótico, que teve até a van empurrada pelos passageiros! Mas como diz a Amanda: “viajando, até quando é ruim, é bom”, portanto fizemos vários brindes a esse dia!

DIA 4: Vinhos e sorrisos!

Deus nos presenteou com um lindo dia de sol e com um casal maravilhoso dividindo a van conosco. Por R$ 100, optamos em conhecer uma vinícola menos famosa no Brasil e, portanto, menos movimentada: a Vinícola Undurraga. Que dia, que vinícola, que tour!

Corre para o mundo!

Aproximadamente a 40 minutos de Santiago, a charmosa Vinícula Undurruga, fundada em 1870, produz vinhos de todos os tipos. A visita guiada dura aproximadamente 1h30min e a guia fala todas as línguas. A degustação tem quatro vinhos e são todos divinos! Ao final da degustação, você pode levar a taça para casa. Há uma loja para vendas de vinhos e espumantes com preços bem atrativos e boa variedade.

#DicaVaiparaomundo: nós optamos por ir em uma excursão, mas é possível ir por conta. Todas as informações estão no site da Undurruga.

Resumindo, foi assim que nos divertimos e dividimos nossos quatro dias em Santiago!

Um cidade cheia de charme, que recomendamos muito e está na nossa lista para voltarmos no inverno e montarmos altos bonequinhos na neve!

Dúvidas, escreve para a gente aqui embaixo que a será um prazer ajudar!

See you!

IMPORTANTE: a Letícia, nossa leitora, deu uma baita dica, e aqui vai uma atualização importante: esta viagem rolou no meio do mês de março. Isso faz bastante diferença nos tipos de passeio a fazer. 🙂

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Gabi Sarturi
Gabi Sarturi

Metade italiana, brasileira da cabeça aos pés e cidadã do mundo. Viciada em seguir uma vida saudável, chega nos lugares já sabendo onde vai comer. Não tem um belo armário, cheio de peças da moda mas, têm memórias de vento na cara, de dias longos, de sabores novos, de muitos embarques e desembarques, sempre com boas histórias para contar, seja sobre Londres, Bangkok ou Floripa.

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