A Suíça é um país completamente apaixonante. E caro. Mas que vale cada centavo investido. Neste post vou mostrar como fazer um roteiro de 5 dias, conhecendo paisagens e cidades que parecem cenários de filmes.
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Minha ida para lá foi meio que por acaso e numa situação mais que especial.
Como contei no post Minha mãe, a melhor parceira de viagem, num belo dia estava saindo de casa e recebi um alerta de passagem para Europa, por 640 reais. Na hora, liguei o computador, larguei tudo e comprei para o destino cujos bilhetes estavam mais em conta. No caso, Zurich. Essa, inclusive, foi a primeira viagem internacional da minha mãe, daí o título de uma das mais especiais da vida <3
Enfim.. seriam apenas seis dias – era o tempo que a gente tinha – e, de fato, já sabia que seria um pouco corrido. Mas no fim das contas, conseguimos conhecer quatro cidades e três países. Além da Suíça, visitamos Lietchenstein, o sexto menor país do mundo; e fizemos um pitstop em Roma, na Itália, na volta – passagem com escala proposital, como contei no post Tem uma Atlanta na minha escala: o que fazer em algumas horas na cidade.
No primeiro dia de viagem, chegamos a Zurich. Fizemos uma escala rápida em Roma, o voo era Alitalia, que eu não recomendo, a propósito, e, logo no aeroporto, já adquirimos o SwissPass – passe que dá direito a usar vários trens, alguns panorâmicos, inclusive.
Compramos o de duração de 4 dias, mas existe Swisspass de validade de 3, 4, 8 e 12 dias. E, pra gente, foi a melhor escolha. Além de não nos preocuparmos mais com transporte hora nenhuma da viagem, para tudo usávamos o Swisspass, ainda tínhamos desconto em alguns lugares que visitaríamos. O pessoal da empresa foi mega atencioso com a gente na hora da compra e, na época (2015), o passe custou 251 francos.
Nesse dia nem saímos do aeroporto de Zurich. Lá mesmo há uma ligação com as estações de trem e saímos em direção a Lucerna/Lucerne/Luzern. como a Suíça possui quatro idiomas oficiais, o nome das cidades pode variar também, dependendo de em qual língua você esteja.
Em Lucerna nos hospedamos no Ibis Budget. E, sinceramente, eu nunca havia visto um quarto de Ibis Budget tão grande. Hotel, inclusive, muito bem localizado e não tão exorbitantemente caro (porque sim, hospedagem na Suíça é muito cara). Fomos a pé da estação central até ele e passeamos pela cidade sem necessidade de pegar qualquer tipo de transporte.
Lucerna é uma cidade encantadora. Aliás, as primeiras impressões da Suíça foram as melhores possíveis, literalmente primeiro mundo. Do lado do hotel havia um mercado chamado Denner, onde as coisas eram bem mais baratas.
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Ainda nesse dia, voltamos à estação para reservar o trem panorâmico. Custou 13 francos, esse é o único que cobra um valor a parte, porque a gente não poderia ver na hora se daria pra ir ou não, senão corríamos o risco de perder o dia. Todos os funcionários que nos atenderam eram muito simpáticos, solícitos.
O trem chega na estação sempre dois minutos antes e sai pontualmente no horário marcado. É impressionante. Não é por nada que eles têm relógios tão bons, haha.
#DicaVPM: pra entrar no trem tem que apertar um botão verde que tem na porta, para que ela abra.
Demos uma volta pela cidade, passeamos pelo lago, pelos monumentos mais famosos e entramos nas lojas. Voltamos pra dormir porque no dia seguinte iríamos passar por Interlaken (meu caso de amor) e ainda seguiríamos para Montreux.
Acordamos cedo pra pegar o trem pra Interlaken às 7:05, e como sempre saiu no horário certinho. Estava meio vazio e pudemos escolher os lugares. Pegamos cadeiras que têm mesinha e tomamos café da manhã ali mesmo, com as coisas que havíamos comprado no mercado.
O caminho para Interlaken já é um presente. Cada paisagem de tirar o fôlego. E isso que ainda nem havíamos pegado o panorâmico, que seria na parte da tarde. Eram paisagens cenários de filme, muito lindo!
Nos trens têm televisores que mostram as próximas paradas e o horário em que vamos parar em cada lugar… tudo atualizado em tempo real. Paramos na estação de Giswill às 7:36 e o horário de saída era 7:38. Nesse horário o trem saiu.
#DicaVPM: Quando viemos de Zurich para Lucerna ninguém conferiu os tíquetes do trem, que foram validados quando compramos. Mas se não tiver validado faça isso. Quando saímos de Lucerna passou um fiscal olhando todos os bilhetes do trem.
Até Interlaken foram 1:50 de viagem. E o tempo passa voando, tamanho o fôlego que a gente ganha com as paisagens.
Chegando lá já avistamos o lago maravilhoso e fizemos várias fotos.
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Caminhamos pela cidade, passamos pela igreja e paramos, involuntariamente, no Café de Paris. E depois fiquei sabendo que era um dos cafés mais legais da cidade (e, de fato, era! Adoramos a experiência!). Prove o Café Baileys, muito bom. Custou 7,50 francos.
Na frente da estação Interlaken Ost tem um mercado grande chamado Coop e na parte de cima dele tem um restaurante estilo buffet. Você escolhe o tamanho do prato (na época custava ou 6,95, ou 9,95 ou 14,95 francos) e pode se servir à vontade nesse prato. Salada, algumas comidas quentes, carne, peixe ou frango. A comida é bem gostosinha e valeu a pena.
Lembre se de não converter valores senão a viagem perde a graça. É aquele ditado: “quem converte não se diverte” haha.
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No fim da tarde voltamos para a estação para pegar o trem panorâmico para Montreux. Mais uma vez, todas as pessoas foram muito solícitas para dar informação, principalmente nos trens. Até Montreux foram praticamente duas horas de viagem. Impressionante!
Chegando à cidade, uma grata surpresa. Nosso hotel, o Grand Hotel Suisse Majestic, ficava em frente à estação e era simplesmente sensacional. Roupão, cama gigante, banheira também. Atendimento ótimo e ainda personalizado com o Martin, brasileiro de Blumenau (SC), cujo pai é suíço e a mãe argentina.
Seguimos as dicas de uns moradores que conhecemos e comemos fondue no Cafe de Clube. Perfeito. Tomamos vinho da casa e tudo isso custou 20 francos no total para cada uma, inclusive com gorjeta.
Acordamos mais tarde e fomos caminhar por Montreux. Passeamos pela beira do lago, passamos pela estátua do Freddie Mercury (que fica perto do Cassino). Tomamos café da manhã no Star Café, havia uma portuguesa nos atendendo. Cada croassant custava 1,50 e o panini caseiro era 7 francos. Tomei de novo um bailey’s café para dar uma acordada e seguimos para o ponto de ônibus.
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Pegamos, então, um bus para ir para o Castelo de Chillon, um monumento histórico construído sobre um rochedo, um ponto de proteção natural e estratégico para controlar a passagem entre o sul e o norte da Europa. Entramos com o Swisspass. E fiquei muito impressionada. De fato, maravilhoso!
Almoçamos numa boulangerie do lado do hotel e a comida era fantástica. Não me lembro o nome do local, mas era muito bom, e bem do lado do hotel mesmo. Comi um quiche de espinafre e tabule, além de uma torta de maçã deliciosa.
Depois seguimos para o cais pegar o barco para Laussane. Só tinha um horário vago naquele dia, às 14:45 e fomos nele mesmo. O passeio (pra gente era passeio, né?) foi bem bonito, com paisagens novamente maravilhosas e que renderam lindas fotos). Até então na viagem estávamos gastando em média 50 francos por dia.
Lausanne é a segunda maior cidade às margens do Lago Genebra, tem ponto forte no comércio e também é uma animada cidade universitária e de eventos. Esporte e cultura têm grande destaque, é também sede do Comitê Olímpico Internacional, desde 1914. Na maior parte do centro histórico da cidade não pode passar automóveis. E são várias ruelas com cafés e butiques, com uma cara medieval.
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Andamos um pouco pela cidade e fomos para a estação de metrô que fica pertinho do cais (chama Ossy). De lá, pegamos o metrô ate Laussane-gare, onde embarcamos no trem pra Lucerne onde nos hospedamos novamente no Ibis Budget. Esperamos 5 minutos e o trem chegou.
Aproveitamos o começo da manhã em Lucerna e tomamos café no Le Vie em Rose. Uma delícia e custou 19 francos pra duas pessoas, porque pedimos macaroons e café extra. Valeu cada centavo!
Pegamos o trem pra Zurich. Por lá, nos hospedamos no Hotel Bristol, mega bem localizado, a três minutos andando da estação central Zurich HB. Também fica perto da famosa rua de compras e da parte da cidade que mais tem restaurantes. Bem legal!
Mas ainda não era o dia de passear completamente em Zurich. Deixamos as coisas no hotel e pegamos um trem pra Sargans, pra ir pra Liechtenstein. De lá de Sargans basta sair da estação central Sargans Bahnhof e ir para os ônibus verdinhos que ficam estacionados ao lado. Você pode pegar o 11 ou 12 (e para isso também não pagamos nada, somente utilizamos o Swisspass!!!).
Liechtenstein é o sexto menor país do mundo: tem cerca de 35 mil habitantes e possui uma área de 160 km². A língua oficial é o alemão, mas todo mundo praticamente fala inglês. É o último território remanescente do Sacro Império Romano e é um Estado independente com laços muito estreitos com a Suíça. Sua capital é Vaduz, um importante centro de comércio e de bancos internacionais.
Nós descemos do ônibus no ponto Vaduz Post, que fica próximo ao posto de informações turísticas. Lá nesse posto você consegue carimbar o passaporte com o selo de Liechtenstein, custa 3 francos. Depois disso, fomos almoçar e experimentei uma cerveja local, muito saborosa. Andamos um pouco por lá e tiramos foto da igreja e dos castelos, de algumas casas, restaurantes, barzinhos.
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Ah, Sargans também me pareceu uma cidadezinha linda (mas infelizmente não deu tempo de visitá-la). Voltamos para Zurich já no começo da noite e fomos dar uma volta pela cidade. Comemos num restaurante ótimo um risotto de frutos do mar e tomamos um lambrusco italiano para dormir bem depois.
Aproveitamos o dia para conhecer, de fato, Zurich, uma das cidades com maior qualidade de vida na Europa. Para isso, fizemos um free walking tour, que saía da Platz na frente do UBS às 11 horas e passava pelo centro histórico. A nossa guia, Marie, era filandesa radicada na cidade há oito anos.
Extremamente simpática e gentil, ela nos contou um pouco da história de Zurich e nos deu várias dicas de lugares para visitar.
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Em duas horas de tour conhecemos a Paradeplatz, Fraumünster, Lindenhof, Grossmünster, Niederdorf e os “lugares secretos” de Zurich. Marie falou também sobre a influência de personagens históricos como Carlos Magno, Vladimir Lenin, Abert Einstein e Marc Chagall no centro econômico e científico da Suíça. Falou sobre como as lutas pelo poder, dinheiro e arte moldaram a cidade.
#DicaVPM: Visite os supermercados Coop, Denner e Migros. Comprar chocolate suíço por menos de um franco é sempre um delicioso negócio!!!! 😛 (além disso eles têm opções de comida bem baratas se comparado a qualquer outro lugar da cidade, incluindo fast-foods).
À noite fomos comer fondue numa das casas mais tradicionais da cidade, próximo à igreja, frequentado pelos locais: Le Dézaley, sério, o melhor fondue da vida!!! sem dúvidas!!! E nossa refeição mais cara, disparado! Pensa que a gente inventou de converter o valor desse jantar e, tipo, ficou quase em 400 reais por pessoa, mas abafa o caso! Haha valeu cada centavo!
No dia seguinte acordamos e fomos pra Roma, de onde voltaríamos para o Brasil. Aproveitamos, no entanto, o stopover para conhecer o Coliseu e redondezas.
Espero que tenham gostado da nossa trip! Até a próxima! See you soon! Bis bald! Ci vediamo presto! À bientôt!
Olá Anny,
Adorei o roteiro prático e objetivo. Conhecendo muito em pouco tempo.
Gostaria de saber qual site/aplicativo você usou para receber esse alerta de promoção das promoções, rsrsrs.
E caso tenha alguma dica adicional de como encontrar passagens barata, eu agradeço 😉
Ei Jéssica!!
Obrigada pelo feedback!
Tenho alertas no “Passagens Imperdíveis”, “Melhores Destinos”, “Skyscanner” e no “Passageiros de Primeira” 🙂
Essa passagem da Suiça encontrei pelo “Passagens Imperdíveis”! Eu vi a promoção na hora que saiu e já entrei para comprar. Tinha disponibilidade de data, isso ajudou muito! Então, a dica que eu posso te dar é: compre a passagem na hora que sair a promoção. Caso contrário, é difícil de achar, infelizmente 🙁 Eu já perdi uma passagem que queria muito por conta de segundos – e me arrependo muito por ter me dado um tempo para pensar melhor hehe
Boa sorte nas suas pesquisas!