Minha segunda para no Vietnã, depois de ter passado por Ho Chi Minh e antes, onde conheci os famosos túneis de guerra e Cu Chi, foi a histórica e super charmosa cidade de Hoi An.
Depois da loucura e do caos da antiga Saigon, Hoi An parece uma viagem no tempo. Com uma mistura de templos, casinhas coloridas e lanternas japonesas, a cidade transmite uma paz sem igual. Confesso que me arrependi de ter passado apenas dois dias lá.
Localizada bem no centro do país, cerca de 800 km de Hanoi e 900 km de Ho Chi Minh, a história de Hoi An data do longínquo século 2, quando já era um agitado porto comercial da Ásia. Durante os séculos 15 e 16, a importância do porto era ainda maior, fazendo com que comerciantes e navegadores do mundo inteiro parassem por lá. Toda essa mistura explica as diversas influências culturais que encontramos na cidade até hoje, especialmente japonesa e chinesa.
Como o crescimento do porto da vizinha Da Nang, que fica a 30 km, Hoi An foi diminuindo e chega a ficar abandonada por vários anos no século 19. Até que sua beleza e história começam a chamar a atenção do mundo, e a indústria do turismo – e da alfaiataria – faz a cidade renascer e se tornar uma grande atração no Vietnã.
Em 1999 a UNESCO a reconheceu como Patrimônio da Humanidade.
De Hanoi ou de Ho Chi Minh, você pode ir de avião, trem ou ônibus. Depende de quanto tempo você dispõe.
O aeroporto mais próximo é o de Da Nang (30 km). O transfer para Hoi An custa em média 15 dólares e pode ser combinado com o hotel, ou pego no próprio aeroporto. O trajeto leva em torno de 40 minutos. Os taxis combram mais o menos o mesmo valor.
As empresas aéreas que operam pra lá são: VietJet Air, JetStar e Vietnam Airlines. Nós usamos as duas primeiras:
Se preferir ir de ônibus, você pode usar o sistema de OPEN BUS (sistema bem legal de ônibus super confortável para turistas, que você pode comprar uma passagem, descer e subir várias vezes durante um período e trajeto).
Se optar por trem, também terá que descer em Da Nang.
Tudo depende do tempo que você dispõe e das atrações que você gostaria de conhecer dentro e no entorno da cidade. Em fiquei 2 dias e ficaria mais. Mas 3 dias são suficientes para conhecer a cidade em si. Se quiser curtir tudo com mais calma e visitar outros pontos fora da cidade, recomendo uns 4 a 5 dias.
Como você pode conferir no post Vietnã: dicas práticas para conhecer o país, o clima no Vietnã varia de região para região.
Hoi An fica no centro do país, onde diferentemente do norte e do sul do país, as chuvas nesta região começam em agosto e se estendem até o fim do ano, havendo riscos inclusive de tufões. Já as temperaturas se assemelham ao norte, sendo mais amenas no inverno.
#DicaVPM: eu estive lá em setembro e dei sorte, pois não peguei nada de chuva, mas recomendo ir em fevereiro.
Hoi An tem inúmeras opções de hotéis, para todos os gostos e bolsos, e muitos são spas. Recomendo ficar perto do centro histórico, para poder ir e voltar a pé ou de bike. A cidade não é muito grande, mas tem vários hotéis mais distantes, na beira da praia, por exemplo.
Lá foi o lugar do Vietnã onde me hospedei no hotel mais legal!
Fiquei no Atlas Hoi An, que fica a 100m do centro histórico, tem uma estrutura maravilhosa (inclusive uma piscina incrível!) e pagamos um preço mais incrível ainda: em torno de 70 reais por pessoa a diária.
O atendimento era ótimo! Comida deliciosa, além de bikes para emprestar. Indico muito!
Confira outras opções de hospedagem AQUI.
Costumo dizer que o Vietnã é um dos lugares com a melhor comida que provei. Tudo é leve e muito saboroso! Não provamos muitos restaurantes em Hoi An porque a comida do nosso hotel era incrível. Mas estivemos num lugarzinho charmoso, natural, para um lanche que recomendo muito: Cocobox. Os sucos e lanches eram simplesmente maravilhosos!!
Além ser tudo orgânico, eles são uma “farm shop”, com vários produtinhos legais!
O centro histórico, ou Ancient Town de Hoi An é cheio de casarões antigos, templos, lojinhas, alfaiatarias e restaurantes. Tudo enfeitados pelas lanternas coloridas que iluminam as ruas de paralelepípedo. Nas principais ruas só é permitido entrar a pé ou de bicicleta, então é um dos raros lugares do Vietnã onde você pode andar calmamente sem correr o risco de ser atropelado por uma motinho… rsrs.
Taxa de Visitação: apesar de não haver nenhum portão ou cerca, o centro histórico tem uma taxa de 129.999 dongs (em torno de 6 dólares) por pessoa. Você compra o ticket no centro de informações turísticas e em algumas lojas. Ele vale para todo o período que estiver na cidade e serve de entrada para alguns templos, museus, etc.
Principais pontos do centro histórico:
– Ponte Japonesa: o cartão postal da cidade (está na maioria das fotos) é um símbolo da amizade entre os comerciantes japoneses e os chineses. Construída no século 17, é toda de madeira e tem um templo no meio.
– Assembly Halls: esses locais são espécie de templos onde a população se reunia para adorar um determinado deus ou criatura. As principais são: Quang Trieu, Trieu Chau e Phuc Kien. Vale entrar e pendurar seu incenso com um pedido. Nós visitamos o Quang Trieu, que foi contruído em 1885, e é do povo cantonês.
– Ancient Houses: há casa seculares para se visitar! Muitas delas onde famílias ainda vivem. As mais famosas são Tan Ky, Duc An, Quan Thang e Phung Hung. Visitamos casa Phung Hung, que fica bem pertinho da Ponte Japonesa. Ela é toda de madeira e costuma ser alagada quando o rio sobe. Os detalhes são maravilhos! Recomendo!
– Mercado Central: como amo mercados, não poderia deixar de passar pelo de Hoi An. Apesar de não ter nada de muito diferente de outros do Vietnã, é sempre uma experiência maravilhosa para quem gosta de fotografia. As cores, as pessoas, tudo é maravilhoso!
O melhor jeito de conhecer a cidade, andar pelas plantações de arroz e até de ir a uma das praias próximas é de bicicleta. Nosso hotel emprestava, mas há várias para alugar. Não deixe de percorrer a orla do rio que corta a cidade, especialmente à noite e ver as luzes das lanternas que são colocadas na água. E de quebra, pare numa dos barzinhos para tomar um lanche ou uma cerveja gelada.
Quando falamos em Vietnã, normalmente não pensamos em praias, com exceção de Halong Bay. Mas em Hoi An, há duas praias próximas que são bem gostosas para descansar do calor e relaxar: Cua Dai e An Bang. Fomos até An Bang, que tem uma estrutura bem legal, com cadeiras e guarda sol, e serviço de bar a preço bem razoável. A água é morna e transparente. E os barcos característicos feitos de palha de arroz (que parecem um cesto) dão um charme todo especial à paisagem. Para chegar lá é só seguir pela rua Hai Bà Trung, ela termina na praia.
Hoi An é famosa pela sua alfaiataria! São mais de 500 lojas com todo tipo de tecido e com opções de modelos que vocês escolhe e – segundo eles – te entregam a roupa em 24 horas. O preço é muito barato! E a qualidade das roupas prontas também…. Dá muita vontade de experimentar, mas para quem está viajando com pouco espaço na mala, não foi desta vez.[Símbolo]
A maioria das lojas está concentrada no centro histórico. E as recomendadas são: Beb Be Tailor, Yaly Couture e Ba-Ri.
Fiquei apenas 2 dias em Hoi An, então não conheci os pontos turísticos que ficam próximos. Mas os que a maioria das pessoas sugerem são:
– Marble Mountains: é uma montanha com cavernas e templos que fica em Da Nang. Muitos falam mal do lugar. Como eu não fui, não posso avaliar.
– Santuário My Son: Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, fica a 50km de Hoi An. Dizem ser bem parecido com Angkor Wat, as ruínas de Seam Reap, no Camboja (que eu conheço e são incríveis). Então se quiser escolher um passeio, recomendaria este.
Hoi An com certeza vai ficar pra sempre na memória como um dos lugares mais fofos em que estive! É mais uma surpresa do maravilhoso Vietnã.
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